quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

The doors - poesia mórbida

Fundada em Venice Beach-LA, por Jim Morrison e Ray Manzarek, dois ex-estudantes de cinema, The doors injetou no rock uma alta dose de pretensões artísticas. Poderia ter dado em catástrofe, mas o resultado mudou o gênero. Jim explorou ao máximo os estados alterados da percepção, tanto na hora de compôr sob os efeitos de mescalina, LSD e outras drogas, como na hora de se apresentar. No palco, embriagadíssimo, promovia catarses dionisíacas, dando vazão a sua obsessão pela cultura indígena norte-americana (costumava dizer que havia sido possuído pelo espírito de um índio na infância, e, encarnando um Xamã, dançava alucinadamente e provocava a plateia.
As letras de Morrison, com rara preocupação formal, tinham referências cultas, até então inéditas no rock-Rimbaud, Willian Blake, Céline...
Em "The End", ele encarna Édipo, assassinando o pai para, em seguida, manter relações sexuais com a própria mãe.

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